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terça-feira, maio 28, 2013

MAS UMA GRANDE LIÇÃO...
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Mas uma grande lição que tive nesses 10 anos não veio de nenhum livro, devo dizer. Veio de uma mulher sábia, que me disse que precisamos abdicar de certas coisas quando queremos caminhar acompanhadas. Explico: foi no ano passado. Eu estava conversando com outras mulheres. Vimos uma moça encontrar o seu caminho e ficar radiante pelo que via no futuro, por todas as coisas que poderia fazer. Ela não se agüentava de excitação! Só que, de repente, sem nenhum motivo, essa moça começou a chorar. Muito. Perguntaram para ela porque estava chorando, ao que ela respondeu, me lembrando da Alice (no País das Maravilhas) quando estava no fundo do poço: "eu me sinto tão só". Então, essa moça trouxe seu companheiro de volta, para caminhar ao seu lado, e ambos gostaram de estar assim: seguindo seus caminhos pessoais, mas estando lado a lado. Foi aí que a mulher sábia comentou: quem quiser caminhar acompanhada precisa saber que não terá tudo o que vê. De algumas coisas, ela terá que abdicar. É ruim? É bom? Depende do caminho que você escolhe. No caso dessa moça, ela ficaria infeliz com tanto sucesso mas ninguém com quem compartilhar a caminhada da vida. O interessante é que, depois dessa cena, eu comentei com a mulher sábia: Puxa, é uma preocupação que tenho: saber conciliar trabalho e família. E todas, repito: TODAS! as mulheres que estavam juntas falaram que é a preocupação delas também. 
E por que comento isso? Porque há poucos dias assisti a uma entrevista com Anne-Marie Slaughter, que foi assessora de Hillary Clinton, e, após 2 anos, deixou esse cargo de assessora para cuidar melhor do filho adolescente. O interessante de tudo isso é que ela contou sua experiência para uma revista. Seu artigo, para grande surpresa, foi o mais lido dos últimos anos! Ninguém imaginava que seria tão comentado, mas isso diz muita coisa! Ela "botou pra fora" os anseios e temores das mulheres de hoje.(*)
Prova disso é a cara da jornalista brasileira ao fazer a entrevista. Parece que ela está lavando a alma ao ouvir o que a Anne-Marie diz! 
Vou compartilhar o link da entrevista com vocês. Vale a pena, queridas leitoras! E nos traz grandes reflexões! (Os leitores podem matar a curiosidade e olhar também!). AQUI.

(*) Aliás, foi a mesma mulher sábia que disse que nós, mulheres, costumamos guardar nossos problemas para nós mesmas, achando que temos o pior fardo do mundo. No momento em que compartilhamos nossos fardos com outras mulheres, vemos que outras também o carregam - e que talvez não seja o pior fardo do mundo... -, e, assim, começamos a nos curar.
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(p.s.: não sei por que o fundo ficou branco. Estou tentando mudar a configuração, mas não consigo. Culpa do Blogspot.)

quinta-feira, maio 23, 2013

10 ANOS DE DESANUVIANDO!
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# Deixei para retornar ao blog hoje por causa da data: hoje o Desanuviando completa 10 anos de existência! Para mim, ainda há outras coincidências pessoais: neste mês de maio, eu encerrei uma década e inicio outra. Inicio a década que, para mim, será a melhor de todas até agora! (O que me faz perceber que tenho ficado mais otimista com o tempo!). E, para completar, ainda encerro um ciclo pessoal: principalmente no ano passado, comecei a me desfazer de várias coisas: móveis, roupas, papeladas, estilos, hábitos, condicionamentos, "nós" na vida. Agora, estou como que iniciando uma página em branco, tentando colocar em prática o que aprendi nos anos anteriores e sabendo melhor aonde quero ir.
Em resumo, comemoro os 10 anos do blog (afinal, uma década não é de se ignorar!), mas também comemoro outros ciclos que terminam e outros que começam. Tudo isso no alegre mês de maio, como diria Bilbo Bolseiro, em O HOBBIT.

# Eu pensei em fazer uma retrospectiva dos melhores posts, mas, sinceramente, agora não terei tempo para isso. No entanto, o blog está aí e os links para os anos anteriores aparecem no canto direito do blog. Quem tiver vontade de reler ou ler pela primeira vez meus posts antigos, fique à vontade! De vez em quando, eu mesma releio alguma coisa antiga e corrijo alguns errinhos que passaram desapercebidos...Mas a essência está intacta: foi a escrita do momento, das circunstâncias da época - era eu naquelas circunstâncias!

# Sei que uns 10 leitores me acompanham desde 2003. Nesse meio tempo, alguns leitores apareceram: desses, uns ficaram; outros, desapareceram. De vez em quando recebo email de alguém chegando pela primeira vez. Vejo pelo SITEMETER (que controla os acessos dos visitantes) que a maioria dos leitores é do Brasil, porém, eventualmente, aparece alguém de outro país ou outro continente (perdido na blogosfera ou não, eu não sei...).

# Continuo gostando muito da Jane Austen. Ter criado o CHÁ COM JANE AUSTEN, neste meio tempo, foi uma das delícias surgidas aqui no Desanuviando. Tive que encerrar o grupo, mas algumas pessoas daquele "clube de leitura" - e daquela época, né, Kiko? - continuam me ensinando e me alegrando muito! Acho que a Jane foi a escritora que mais esteve comigo nesses 10 anos e, certamente, continuará comigo pelos próximos 10, 20, 30,.. 60 anos... A digníssima, aliás, sempre me ensina algo. Que tal esta sua frase que vi em um marcador de livro: Follies and nonsense, whims and inconsistencies do divert me, I own, and I laugh at them whenever I can. Há uma sabedoria nessa frase que, quando trouxe para a minha vida, mudou muita coisa para melhor: rinocerontes viraram camundongos! 

# Isso me lembra, aliás, do meu primeiro post, em que falo do filme MELHOR É IMPOSSÍVEL e que tem a ver com o nome do blog: Desanuviando. Escolhi esse nome em seu sentido poético: de afastar as "nuvens" da alma. Desanuviar é o que traz sentido para a vida: crescer, limpar sua mente de visões ruins, de crenças falsas, de comportamentos nocivos e imaturos. Afastar preconceitos bobos, desfazer nós (que você recebeu ou que você criou), tentar ter a alma mais leve, menos "carregada". Isso foi feito durante esses 10 anos. Teve momentos de recaída. Continua sendo objetivo de toda a vida. Desanuviar sempre. Com ajuda de Deus e dos anjos. E das pessoas amadas, por supuesto!

# Mas também aprendi que a existência das "nuvens" não nos deve deprimir. E isso eu aprendi com os ingleses: com o céu sempre anuviado, eles ainda conseguem ser gentis e ter um bom humor incrível! Isso é sabedoria! Saber rir mesmo quando o céu está feio. Porque não adianta dar murro em nuvens! A gente tem que fazer a nossa parte e ter paciência. Daí, quando o sol aparece, é só alegria - e a gente até esquece o tempo ruim que fez no dia anterior!
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