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domingo, maio 31, 2009

TODO MUNDO JÁ VIU ESTE VÍDEO,
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e, por isso, não queria mencioná-lo aqui. Mas não resisto: todos nós gostamos de (re)aprender que as aparências enganam, que os sonhos devem ser perseguidos, os talentos, cultivados e, como li uma vez da Heloísa Seixas, que devemos, pelo menos uma vez na vida, subir em um banquinho e cantar nossa mensagem para o mundo.
Então, com vocês, pela milésima vez, Susan Boyle. ENTRE AQUI.
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sábado, maio 30, 2009

(M)ARES DE PORTUGAL
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Hoje me deu não sei que vontade de navegar pelos mares portugueses. Saudades do Fernando e da Sophia, principalmente. Vontade de mar e poesia, em resumo. Talvez porque tenha sentido maré baixa na alma, e ela logo entrou em alerta: tá faltando maresia no ser!
Pois então chamei a Sophia. Só para conversar um pouquinho sobre aquilo de que bem entendemos. (E eu sempre cobro dela que seus poemas são meus!)
Então, ela me mostrou A MENINA DO MAR. Não um poema, mas um conto. E logo os dois primeiros parágrafos fizeram o nível do mar da minha alma voltar ao normal - bem pleno, quase transbordante. Então fiquei tranqüila, plácida, serena, refletindo um pouquinho do céu, como já disse o Fernando.
Eis os tais parágrafos que me trouxeram o equilíbrio (ou seja, o sentir-me integrada):
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A MENINA DO MAR
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
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Era uma vez uma casa branca nas dunas, voltada para o mar. Tinha uma porta, sete janelas e uma varanda de madeira pintada de verde. Em roda da casa havia um jardim de areia onde cresciam lírio brancos e uma planta que dava flores brancas, amarelas e roxas.
Nessa casa morava um rapazito que passava os dias a brincar na praia. Era uma praia muito grande e quase deserta onde havia rochedos maravilhosos. Mas durante a maré alta os rochedos estavam cobertos de água. Só se viam as ondas que vinham crescendo do longe até quebrarem na areia com barulho de palmas. Mas na maré vazia as rochas apareciam cobertas de limo, de búzios, de anémonas, de lapas, de algas e ouriços. Havia poças de água, rios, caminhos, grutas, arcos, cascatas. Havia pedras de todas as cores e feitios, pequeninas e macias, polidas pelas ondas. E a água do mar era transparente e fria. Às vezes passava um peixe, mas tão rápido que mal se via. Dizia-se "Vai ali um peixe" e já não se via nada. Mas as vinagreiras passavam devagar, majestosamente, abrindo e fechando o seu manto roxo. E os caranguejos corriam por todos os lados com uma cara furiosa e um ar muito apressado.
(...)
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Photobucket
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sexta-feira, maio 29, 2009

O POST DE HOJE VOCÊS JÁ CONHECEM. Republico-o aqui para que vocês vejam que não é só o filósofo que manda o aluno trabalhar. Os golfinhos também. (Vai para 'o amigo', que vai saber que é ele).
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DESANUVIANDO
Sexta-feira, Junho 29, 2007
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O CAUSO DO DIA
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Lá na feirinha em frente à Catedral da Minha Aldeia, estava conversando com uma feirante e um senhor. Em um determinado momento, a conversa enveredou por tombos que tomamos na vida e a coragem que temos de ter para dar a volta por cima e continuar caminhando. O senhor, obviamente, contou vantagem ao dizer que tinha muito mais tombos por ser mais velho. A feirante e eu começamos a rir e pegamos no pé dele, dizendo que ele estava querendo se fazer de sofredor. Não satisfeito, ele contou uma experiência:
Tinha ele uns 30 anos, quando foi abandonado pela mulher e, logo em seguida, perdeu o emprego. Ele chegou ao fundo do poço. Não saía de casa, não tinha ânimo para nada. Um dia, pegou um ônibus e foi até uma praia isolada. Ficou um bom tempo olhando para o mar e acabou tendo a triste idéia de nadar, nadar, nadar até perder o fôlego e afundar.
Pois bem, decidido a fazer isso, ele tirou a camisa, tirou o sapato, levantou a barra da calça e, no instante em que ia mergulhar, numa parte já funda, um golfinho colocou a cabeça para fora d'água, de frente para ele, e fez uns sons estranhos. O homem levou um baita susto e ficou estático, olhando para os olhos do golfinho por muitos segundos - os tais segundos que parecem eternidade. Resultado: desistiu de acabar com a própria vida, pegou o ônibus de volta e, no caminho para casa, nesse mesmo dia, encontrou um novo emprego.
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Um detalhe da história...
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A feirante e eu adoramos a história e, principalmente, o golfinho providencial. O senhor continuou:
Quando o golfinho desapareceu, ele recolocou a camisa e o sapato e foi caminhando em direção ao ponto do ônibus. Um pescador que estava mais ou menos perto viu a cena e perguntou de brincadeira:
- Homem, o que tu tavas conversando com o golfinho?
E o homem respondeu:
- Eu, nada. O golfinho é que me disse: "Vai trabalhar, vagabundo!"
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quarta-feira, maio 27, 2009

O MANTRA DA MADONNA
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Dessas coisas que a gente ouve em salão de beleza: Madonna se separou deste último marido porque (palavras dela) precisa encontrar um homem "espiritualizado como ela" (sic).
A mesma Madonna, espiritualizadíssima, ia para os hotéis com a família e, enquanto o marido e os filhos brincavam na praia, ela ficava dentro do hotel, praticando yoga e orando (sic).
Por uma coincidência, nesse dia da fofoca do salão, tinha visto uma reportagem sobre a Madre Tereza de Calcutá e, nem preciso dizer, as diferenças saltam à vista, né?
Pois se Madonna se diz espiritualizada, acho que o mantra que ela mais repete é o do refrão de sua música: 'Cause we're living in a material world / And I am a material girl / You know that we are living in a material world / And I am a material girl.
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segunda-feira, maio 25, 2009

HOPPER X CHAGALL
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Tudo se encaixou: um senhor, ontem, nos falou sobre a solidão do homem - tão comum nos grandes centros - e que essa solidão começa nos corações humanos. Em seguida, recebo um quadro de Edward Hopper, o artista que melhor mostrou o homem solitário. Então, Kiko e eu trocamos alguns emails, e eu me lembrei dos quadros de Chagall.
Se você compara um casal de Hopper com um casal de Chagall, você nota nitidamente a diferença. Um casal do primeiro não se funde no Amor; ainda permanece o fantasma da solidão entre eles. Um casal do segundo se deixa enlevar pelo Amor, se deixa flutuar, a ponto de esquecer tristezas e solidões. O amor, neste, transborda por todo o ser. E toda aquela ternura que surge de um coração preenchido transparece nos pequenos gestos, nas pequenas cores.
Não escrevo mais. Compare você mesmo.
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Aqui, dois quadros de Hopper:
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Photobucket
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Photobucket
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E aqui, em vez de colocar quadros do Chagall (seriam muitos sobre esse tema), coloco um vídeo que encontrei no youtube. Reparem que os amantes estão tão plenos de amor que não deixam espaço para a solidão, para o vazio.
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sábado, maio 23, 2009

RESPOSTA DE UM LEITOR AO POST DE ONTEM:
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Minha resposta: porque eles (os portugueses) - em que pesem as muitas piadas feitas pelos brasileiros - têm melhor cultura que nós.
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AH! ME LEMBREI!
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Tinha publicado aqui no Desanuviando, em 12 de setembro de 2007, uma reflexão de Olavo Bilac sobre a língua. Diante dessas mudanças gramaticais e da brava atitude dos portugueses, repito o que o poeta que ouvia as estrelas disse:
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Um povo só começa a perder a sua independência, a sua dignidade, a sua existência autônoma quando começa a perder o amor ao idioma natal. A morte de uma nação começa sempre pelo apodrecimento de sua língua. (Olavo Bilac)
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Quando cem mil portugueses assinam contra a reforma gramatical, é contra essa perda de independência, de dignidade e contra o apodrecimento da língua que eles estão assinando. Afinal, eles são a "nação valente" e querem continuar sendo "imortal". Pra fazer jus ao hino, ora pois.
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E POR AQUI...
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sabe o que é? O problema não é só a falta de cultura. Falta, também, ouvir as estrelas...(E nisso começa todo o erro...)
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Ouvir Estrelas
(Olavo Bilac)
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"Ora (direis) ouvir estrelas!
Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
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E conversamos toda noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto, Cintila.
E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
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Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizes, quando não estão contigo?"
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E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
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E MEUS BOTÕES ME FALAM BAIXINHO:
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- Também falta contemplar o mar. Se o contemplassem mais, como Fernando Pessoa, hoje estaríamos fazendo um abaixo-assinado contra a reforma da língua.
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Vocês podem até achar que não tem nada a ver uma coisa com a outra - reforma gramatical e contemplação do mar -, mas conheço bem os meus botões e sei o que eles querem dizer. (Re)leiam este lindo poema do Pessoa, repensem no que o Bilac disse e vocês hão de concordar com os meus botões:
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MAR PORTUGUÊS
(Fernando Pessoa)
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Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
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Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
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Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
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quarta-feira, maio 20, 2009

NAÇÃO VALENTE
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Contem as piadas que quiserem, mas os portugueses estão certíssimos! Acabo de ouvir que um site de Portugal estava coletando assinaturas contra a reforma da língua. O objetivo era colher cinco mil assinaturas e mostrar ao parlamento. Resultado: conseguiram cem mil!!!
Por que ainda não fizeram o mesmo aqui no Brasil?
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terça-feira, maio 19, 2009

CECELIA AHERN
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Uma amiga tinha me falado muito do filme P.S. EU TE AMO. Ela disse que tinha rido e chorado ao mesmo tempo e me incentivou: Você tem que assistir. Logo depois, minha mãe me liga para dizer que tinha assistido a esse filme e que eu precisava vê-lo também porque, além de mostrar a bela Irlanda, era um filme "fofo". Acabei vendo um tempo depois, no ano passado, e concordei com as duas: era fofo, me fez rir e chorar.
Pois hoje li uma entrevista com a autora do livro P.S. EU TE AMO (que deu origem ao tal filme). O nome dela é CECELIA AHERN, uma irlandesa de 26 anos, e que escreveu essa história com 21.
Um parêntese: eu gosto de comédias românticas, mas sou exigente. Hoje em dia há tantas tão bobinhas por aí, que tenho a impressão de que uma boa comédia romântica não é para amadores. Tanto que a melhor de todas é MENSAGEM PARA VOCÊ. Já vi milhões de vezes. Gosto do enredo todo charmoso, do desenrolar da história, da SHOP AROUND THE CORNER (minha livraria dos sonhos, coitadinha, fadada a desaparecer diante das megas livrarias...) e gosto, também, de me encontrar na personagem da Meg Ryan. Aliás, se a Nora Ephron me conhecesse, diria que ela se inspirou em mim! Fecha parêntese.
Pois nessa entrevista, tirada da Revista da Cultura (não sei o mês, nem o ano, pois estava só com a entrevista em mãos), Cecelia fala sobre a personagem do livro e de suas personagens em geral (ela tem outros livros, alguns deles já esgotados no Brasil):
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Meus protagonistas estão sempre em busca de autoconhecimento. Nós os encontramos quando atingem o ponto mais baixo de suas vidas e precisam continuar vivendo, encontrar força interior para continuar nesta experiência, em que aprendem mais de si mesmos do que em qualquer outra situação. Acho que quando passamos por alguma dificuldade na vida, se não desistirmos, ela pode nos tornar mais fortes. Podemos aprender muito mais sobre nós mesmos. (...) Minhas protagonistas são, em sua maoria, femininas. São mulheres que precisam aprender quem são e o que querem antes de encontrar a felicidade novamente.
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O que eu destaquei me fez lembrar uma conversa que tive hoje com uma grande amiga. Tinha lido uma frase do Jung mais ou menos assim: "a neurose é um problema não resolvido", e comentamos sobre pessoas que, para fugirem de um problema, enfiam goela abaixo milhares de remédios de tarja preta. Não estou querendo dizer que não há casos em que isso seja necessário. Mas mesmo quando é necessário um remédio pesado (*), a pessoa não pode se eximir de superar, na alma, o tal problema. De resolver, de trabalhar o perdão, de mudar, de crescer. Aquela história de que o sofrimento engrandece a pessoa é balela; o certo é: depende da pessoa. Assim como a pessoa também não precisa passar por uma doença para crescer.
É por isso que gostei de ter lido esse comentário da Cecelia Ahern. E é por isso, também, que admiro pessoas e personagens que transcenderam mesmo com doenças ou sofrimentos na vida. Minha avó sempre fala: problemas todo mundo tem, mas não deve jogar esses problemas nos outros. De fato: quem joga seus problemas nos outros ou se aliena em remédios dopantes não cresce.
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(*) eu ainda acho que só em último caso.
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segunda-feira, maio 11, 2009

FRESH AIR
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Foi o que uma das participantes disse sobre este evento. (*) Ela estava indo para o trabalho quando ouviu uma multidão cantar Hey Jude, na Trafalgar Square. Sinceramente? Nessa "bagunça" eu também gostaria de estar. Confira:
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(*) Os comentários do público você encontra no youtube, num dos vídeos à direita, onde diz "Public Reaction".

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domingo, maio 10, 2009

DIA DAS MÃES COM JANE AUSTEN
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É apropriado falar de Jane Austen no Dia das Mães, pois muitas jovens leitoras começam a ler os romances da digníssima influenciadas por suas mães. Na minha família foi assim: minha avó fez minha mãe e minhas tias lerem Jane Austen, eu e minhas primas começamos a ler Jane Austen e, se depender de mim, minhas filhas e minhas netas lerão Jane Austen. Jane Austen é para todas as gerações.
Tenho uma biografia da digníssima, salve, salve!, aqui em casa, escrita por Claire Tomalin. Vi que com essa jornalista também há uma aproximação mãe-filha no que diz respeito à escritora inglesa. Vejam o que ela escreveu em seus "Agradecimientos" (meu livro está traduzido para o espanhol):
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Las conversaciones que he tenido com mi hija Jo Tomalin, con quien comparto desde hace muchos años un profundo cariño por Jane Austen, han sido muy útiles, además de agradables.
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Deve ser uma verdade universal que mães que lêem Jane Austen terão filhas leitoras de Jane Austen.
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Mas a digníssima também foi talentosa ao descrever mães em seus livros. Pois a Raquel, do site Jane Austen em Português, tinha feito uma enquete para a gente escolher sobre qual mãe dos romances da Jane Austen a gente queria que ela comentasse neste dia. O resultado deu empate entre Mrs. Dashwood e Mrs. Bennet. Vão lá conferir. (A propósito, eu tinha votado na Mrs. Bennet que, pelo menos para quem está de longe, é a mais engraçada. Difícil deve ser estar ao seu lado...bem, isso é o que sempre pensei dela, mas percebi que, nas últimas leituras de Orgulho e Preconceito, fui tendo mais compaixão por essa mãe que só queria - muito - o bem de suas filhas... No entanto,... apesar da recente compaixão, ainda acho que Mr. Darcy fez bem em ir morar em Pemberley!).
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Um comentário da Raquel:
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Não resta dúvidas que o dia-a-dia com mamãe Dashwood era mais tranquilo do que com mamãe Bennet, que nos faria pagar micos infindáveis com sua língua solta, mas acredito que as duas estavam sempre prontas para nos defender, cada uma a sua maneira. (no post da Raquel)
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E O MEU DESEJO DE DIA DAS MÃES VAI, ESTE ANO,
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em especial às mães que fazem suas filhas conhecerem a digníssima (o que inclui, obviamente, minhas queridas mãe e avó). E para que o amor, a amizade e a cumplicidade entre mães e filhas sempre aumente e sempre tenha espaço e tempo para conversas sobre Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade, Emma, Persuasão...
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Photobucket
(imagem retirada de um blog que encontrei pelo Google: http://housewivesoutloud.blogspot.com/)
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E acabou de me passar algo pela cabeça...
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por ter encontrado, hoje, na hora do almoço, um garoto que perdeu a mãe há pouco tempo - e isso me apertou o coração -, pensei nos órfãos. Que neste Dia das Mães, aqueles que não as têm ou que, de alguma forma, foram abandonados por suas mães - os literalmente abandonados e os que, mesmo morando com as mães, estão abandonados -, que todos estes órfãos possam encontrar na vida um Consolo e um Abraço Materno em suas almas. Que Deus, com sua criatividade infinita, dê da forma mais adequada a cada um este Consolo e este Abraço Materno, com o auxílio da Mãe-mor: Nossa Senhora.
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sábado, maio 09, 2009

UMA ORAÇÃO IRLANDESA ENVIADA PELA MINHA AMIGA JOICE (*):
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(*) Sempre falo para os meus botões como é difícil encontrar pessoas com quem podemos conversar sobre muuuitas coisas, mas muitas coisas não triviais. A Joice é uma dessas pessoas difíceis de serem encontradas. O Kiko e, obviamente, os meus botões também. A mulher vestida de branco que embala o filho no colo debaixo de uma parreira idem. São pessoas com quem posso conversar sobre o terreno e o celeste. São pessoas de espírito velho. A gente ensina um pouco, mas aprende muito com elas.
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sexta-feira, maio 08, 2009

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Querido Daniel, feliz aniversário!
E muito obrigada por tudo!
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sábado, maio 02, 2009

TESTE
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Sei que hoje acontecerá algo extremo no Desanuviando: ou o ibope vai ao topo ou vai lá para baixo... Depois confiro no meu sitemeter. É que resolvi colocar um clip da Celine Dion aqui. Pois é... não desgosto dela, mas também nunca fui fã. Mas a-do-ro ver a reação de fãs dela em seus shows melosos. É impagável. Eles ouvem a música, cantam junto e ainda fecham os olhinhos. Quando vem My heart will go on então...nossa! Parece que todos se transformam em Jack e Rose. Mas as melhores cenas são as das crianças fechando os olhos para cantar junto. Uma graça! Notei isso quando vi partes de um show da Celine Dion na casa de uma amiga - a irmãzinha dela de 10 anos estava assistindo ao DVD. A própria irmãzinha da minha amiga fechava os olhos para cantar, deixando-se envolver pela música. Achei isso tão engraçado! (E tão bonitinho ao mesmo tempo!)
A música que vou colocar hoje chama-se Pour Que Tu M'Aimes Encore (*) e confesso: a primeira vez que a ouvi foi para treinar a pronúncia da língua, mas lá pela quinta vez me peguei fechando os olhos...Quando notei esse meu pequeno "deslize", comecei a rir e comentei com os meus botões: ai, ai...esse sentimentalismo...
Bom, mas vamos à música. Infelizmente não aparece nenhum fã cantando de olhos fechados, mas escolhi este vídeo porque dá para ouvir a platéia cantando. Então podemos imaginar quantas pessoas estarão de olhos fechados...E você, leitor, se quiser fechar os olhos também, vá em frente! Não conto para ninguém!
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(*) acho que essa música só poderia ter sido escrita em francês, de tão sofrida de amor que é. Mas é bonita.
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sexta-feira, maio 01, 2009

PERSUASÃO
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Começar o dia lendo os comentários finais sobre Persuasão é maravilhoso. É o que me aconteceu hoje quando fui ver os emails do grupo CHÁ COM JANE AUSTEN (hoje com 83 pessoas!).
E como faço isto sempre que terminamos um livro da digníssima lá no grupo, aqui vai o meu comentário. (Um parêntese - hoje estou com um monte de parêntesis: Continuo achando que as pessoas deixariam de ver novelas se começassem a ler Jane Austen!).
Bom feriado a todos!
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CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE PERSUASÃO

PESUASÃO, ao contrário de ORGULHO E PRECONCEITO, não começa com uma frase de efeito, nem com a ansiedade dos personagens por algum acontecimento. Começa, sim, com o Sir Walter lendo aquele chato livro “Anais de Baronetes” e com as descrições sobre as vidinhas fúteis de alguns personagens. Logo no início, também, tomamos conhecimento de que houve um Wentworth na vida de Anne, mas que Lady Russel, preocupada com sua estimada amiga – quase uma filha – a fez mudar de idéia de prosseguir o relacionamento com esse rapaz que não tinha nenhuma estabilidade.
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O começo do livro, para mim, não teve muita emoção. Mas daí reaparece, anos depois, aquele jovem por quem Anne tinha sido apaixonada. Só que agora ele é um Capitão da Marinha, carregando conquistas no mar e prestígio social. Ele reencontra Anne, há emoção por parte dela, mas ele ainda está com o coração ferido. Chega a ser comovedor saber como ele ficou sentido com a recusa de Anne. Para não ficar com raiva dela, penso que ela era muito nova, ainda imatura, para tomar suas próprias decisões. Mas acontece que ela nunca se casou. Nem ele. E então fica aquela tensão no ar: ela controlando a emoção por reencontrá-lo, e ele fazendo questão de ser frio. E isso é o que deixa o livro ótimo, pois fiquei ansiosa por cada encontro deles, para saber o que iria acontecer, o que eles iriam dizer, o que iriam fazer.
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Anne, nessa parte do livro, quando do retorno do capitão, se mostra, para mim, a personagem mais amadurecida de todas as heroínas que vimos até agora. Isso me chamou muito a atenção. Acho que ela é até mais amadurecida que a Elinor Dashwood, que também é muito amadurecida. O jeito como ela encara as situações, como lida com as pessoas, com a própria família. Por exemplo, ela (Anne) está com uma idade que, para pessoas ao redor - e o pai em especial - já não deve mais ter esperanças de se casar. Mas o interessante é que ela não transmite frustração por isso, ou pelo menos não como poderíamos esperar.. Ela tem um espírito até tranqüilo para as pressões de seu meio. Aliás, acho que vi maturidade nisto também: ela se mantém fiel à sua personalidade mesmo em um meio diferente. Esse tema sobre choque de valores, choque entre uma pessoa inserida em um meio distinto, e a importância de não se deixar afundar por um meio, o tenho conversado muito com uns amigos que estão fazendo um curso de filosofia. Então gostei de ter visto essa qualidade em Anne. Ela sabe a família que tem, percebe como são as pessoas ao seu redor, mas permanece tão digna, tão única. E é justamente isso que mais chama a atenção do Cap. Wentworth. (Um parêntese: e talvez porque esteja com esse tema na cabeça – da questão de se manter fiel, mesmo em um meio que, de alguma forma, queira corromper – comecei a pensar que todas as heroínas da Jane Austen têm essa característica. Mesmo Emma se destaca de alguma forma.).
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Então temos o acidente na cidade de praia, algumas reviravoltas e o momento da carta – na verdade, está mais para bilhete. Voltamos ao poder de uma carta bem escrita, como lembra a personagem do filme CLUBE DE LEITURA DA JANE AUSTEN. E, mais uma vez, é comovente ver como o Cap. Wentworth a amava. Agora, os dois, Anne e Wentworth, não precisam mais temer as interferências alheias, pois têm a maturidade certa para ficarem juntos e serem felizes.
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