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quarta-feira, julho 30, 2008

DUAS COISAS QUE ME INCOMODAM:
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Uma situação que me incomoda é esta: o ônibus pegou todos os passageiros do ponto e já está saindo, quando alguém vem correndo e o faz parar novamente. Não, não é o fato de a pessoa vir correndo e o ônibus parar novamente; é o que segue: a pessoa sobe, já fora do ponto, e é incapaz de dizer um simples "OBRIGADO". Algumas nem sequer olham para o motorista. Como pode?!?
O motorista não tinha nenhuma obrigação de parar o ônibus para essa pessoa, e ela é incapaz de agradecer?!? Valha-me, Deus... Onde foi parar a educação?
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E outra coisa que também acaba me incomodando: pessoas incomodadas. Há pessoas que são muito incomodadas; se incomodam por qualquer coisinha. Repito: qualquer coisinha-inha, 26 horas por dia! Você está na sua, tranqüila, e de repente o incomodado vem te atazanar (porque os incomodados adoram atazanar alguém...é como se o incômodo fosse um comichão na barriga deles, que fica coçando, coçando, e eles não vêem a hora de passar o comichão para o próximo...) Quando estou perto de alguém assim, começo a contar até 1000 e vou saindo de perto. Pessoas assim, sinceramente, deveriam morar na Sibéria. Junto com as que não agradecem ao motorista de ônibus que parou em local impróprio só para elas subirem.
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terça-feira, julho 29, 2008

CHÁ COM JANE AUSTEN anuncia: a 14a. integrante do grupo!
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Apresento a vocês a 14a. integrante do grupo CHÁ COM JANE AUSTEN. Seu nome é Raquel Sallabery e acho que ela é a maior fã da Jane Austen que já conheci até agora. É dela o site: janeausten.com.br
E a Raquel já nos trouxe novidades: em breve haverá novas traduções dos livros da Jane, com edições bilíngües!
Seja muito bem-vinda, Raquel Bennet!
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domingo, julho 27, 2008

FALTAM CINCO DIAS PARA OS NOSSOS "ENCONTROS"! - primeira mensagem ao grupo CHÁ COM JANE AUSTEN (*):
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Queridos amigos!
Como prometido, este é o email "inaugural" do grupo CHÁ COM JANE AUSTEN.
Estamos em 13 participantes, o que é motivo de entusiasmo, visto que no filme CLUBE DE LEITURA DA JANE AUSTEN eram apenas 6 participantes.
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Para lembrá-los, esta será a ordem de leitura, começando em agosto:
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- EMMA (agosto/08 e setembro/08)
- MANSFIELD PARK (outubro/08 e novembro/08)
- NORTHANGER ABBEY (dezembro/08 e janeiro/09)
- ORGULHO E PRECONCEITO (fevereiro/09 e março/09)
- RAZÃO E SENSIBILIDADE (abril/09 e maio/09)
- PERSUASÃO (junho/09 e julho/09)
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Algumas observações:
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1) Os livros MANSFIELD PARK e NORTHANGER ABBEY são os mais difíceis de serem encontrados em português. Mas já houve edição deles em nossa língua! Sugiro que quem os queira ler em português, procure em Sebos. Se um de vcs achar, avise o grupo, para que a gente dê um jeito de disponibilizá-los aos demais. Os outros quatro livros são facilmente encontrados em qualquer livraria.
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2) Para aqueles que quiserem ler TODOS os livros em inglês, há uma coleção da PENGUIN POPULAR que custa uns 7 reais cada um. Vale muito a pena! Quem já quiser comprar a obra completa da Jane Austen, há edições que custam menos de 40 reais. Ainda mais em conta!
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3) Nossos encontros não terão dias e horários específicos para todos entrarem na internet ao mesmo tempo. Isso seria quase impossível, considerando a distância geográfica e os afazeres dos participantes. O que sugiro é que cada um, na medida em que for lendo os livros, compartilhe algum trecho de que gostou do romance, algum artigo que tenha lido sobre a Jane Austen, ou sobre seus livros, os filmes que fizeram deles etc. Pode compartilhar, ainda, o que sentiu ao ler tal livro, o que lhe chamou a atenção. Não é um encontro acadêmico; o grupo CHÁ COM JANE AUSTEN é como um encontro de amigos que têm em comum a admiração ou a curiosidade pelas obras da grande escritora inglesa nascida no século XVIII. O grupo preza a espontaneidade, a descontração e o acolhimento respeitoso.
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4) E que tal cada um fazer uma breve apresentação de si? Só para sabermos um pouco de cada pessoa deste grupo, pois nem todos se conhecem.
Começo por mim: Me chamo Rebeca, como vcs sabem!, nasci na década de 80, moro em Florianópolis, fiz Letras-Espanhol e agora estudo Direito. Não lembro quando foi a primeira vez que li um livro da Jane Austen, mas lembro qual foi: ORGULHO E PRECONCEITO. Minha avó e minha mãe - bem como as irmãs de minha mãe - sempre gostaram dessa escritora. Meu primeiro contato com a Jane Austen foi no cinema, com o filme PERSUASÃO. Era um filme inglês, super parado, com atores nada hollywoodianos...e eu era criança! Resultado: achei o filme muuuito "boring". Só com o ORGULHO E PRECONCEITO é que me apaixonei pela escrita da digníssima. Tive a idéia de começar este grupo por causa do filme CLUBE DE LEITURA DA JANE AUSTEN, como vcs tb já sabem... Sugiro que vejam o filme! Não é o melhor do mundo, mas a idéia dele foi uma das melhores que já vi!
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Pronto! Agora, fico aguardando a apresentação de cada um. Qualquer dúvida a respeito de livros ou do grupo, podem perguntar.
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E para vcs já irem se deliciando, um site sobre a nossa escritora:
http://www.janeausten.co.uk/
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Beijos,
Rebeca
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p.s.: um ou outro comentário do grupo será publicado no meu blog DESANUVIANDO (
www.rebecamiscow.blogspot.com)
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(*) email que foi para o grupo CHÁ COM JANE AUSTEN.
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terça-feira, julho 22, 2008

E AS COINCIDÊNCIAS VOLTAM A ACONTECER...
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Incrível, incrível, incrível.
Da prateleira de "auto-ajuda" das livrarias, além dos livros sobre florais, um ou outro sobre dicas de saúde e esportes, há um que considero realmente bom: Você pode curar sua vida, da americana Louise Hay.
Os melhores e mais sábios conselhos do mundo estão na Bíblia. Tudo já está lá: conselhos, orientações, dicas de educação, de comportamento, de filosofia. Quanto mais a lemos, mais impressionados ficamos. Mas passa um tempo, as pessoas a deixam de lado, e um dia aparece alguém para relembrar o que Jesus já havia nos dito - ou fazem algum experimento científico, mostrando que a oração tem poder etc etc, ou seja, essas constatações de que muitos não precisamos para começar a acreditar, mas, enfim...
No livro Você pode..., Louise Hay fala, por exemplo, do poder do perdão. Conta como, na sua própria vida, o perdão a curou. Ela descobriu que estava com câncer, o que a apavorou - como apavoraria qualquer pessoa. Mas Hay já vinha estudando tudo o que ela escreve no livro e percebeu que era hora de colocar em prática suas observações. Também descobriu, em seus recolhimentos (momentos íntimos, de reflexão), que o seu câncer era conseqüência de todo o ressentimento que guardara na vida: contra as pessoas que lhe haviam magoado, situações que lhe desagradaram etc. Viu, então, que era hora de se livrar desses ressentimentos e ... perdoar. Resolveu que deveria perdoar a todos que lhe haviam causado algum dano. Começou perdoando aos que seriam mais fáceis de absolver, passando para os mais difíceis, até chegar àquela que seria a pessoa mais difícil de perdoar: ela mesma. Louise diz, em uma linguagem bem simples: Perdoar significa soltar, desistir. Não tem nada a ver com desculpar um determinado comportamento. É só deixar toda a coisa ir embora. Quem já teve que perdoar alguém que seria muito difícil ou já viu uma pessoa com remorso por nunca ter dado ou recebido um perdão na vida, percebe como isso é poderoso. "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos têm ofendido"...
O interessante na experiência de Louise Hay é quem ela disse ter sido a pessoa mais difícil de perdoar: ela mesma! Por coincidência, ontem revi o filme GÊNIO INDOMÁVEL, com Matt Damon. Mais para o final da história, há uma cena dramática, mas comovente: o psicólogo, interpretado por Robin Willians, depois de tentar várias vezes chegar ao cerne do problema de Will (personagem de Damon), olha nos seus olhos e diz: Sobre tudo o que aconteceu, Will, não é sua culpa. O personagem de Damon, sempre meio arisco, dá uma risadinha. Willians olha novamente em seus olhos e repete: Não é sua culpa. Damon desvia o olhar e Willians insiste: Não é sua culpa. O paciente já começa a se mostrar vulnerável e o psicólogo repete: Não é sua culpa. Will, não é sua culpa. Até que Will não suporta mais e chora como uma criança. Naquele momento, o personagem de Matt Damon, o "gênio indomável", mostra sua fragilidade, reconhece-a e consegue dar o "grande salto" em sua vida. (*)
Voltando à Louise Hay, e para resumir: ela curou o câncer e não precisou fazer cirurgia nenhuma.
Falei isso tudo porque ontem, quando fui pegar o filme Gênio indomável na locadora, vi que existia o filme do livro Você pode curar sua vida. Também o trouxe para casa! Na verdade, não é bem filme. É mais documentário, com entrevistas, alguns depoimentos e uma historinha exemplificativa. Não substitui o livro, mas é bonzinho. E o que me fez escrever "incrível" três vezes no início deste post é que, logo no começo do filme, exatamente na primeira cena, aparece, NO ASFALTO, UMA FLOR ROSA COM MIOLO AMARELO E DE HASTE VERDE! Lembram-se do meu post de quarta-feira (18 de julho)? Pois não duvido que a flor que aparece no filme seja a Wild rose de que lhes falei, justamente o floral de quem vai dar uma volta por cima na vida. Incrível, não? Essa tal sincronia é realmente fabulosa.
E já que hoje estou de muito papo, o primeiro post do Desanuviando, cinco anos atrás, trata de uma cena muito wild rose. Vai lá ver.
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(*) John O'Donohue conta (ou no Anam Cara ou no Ecos Eternos, agora não lembro) que a pessoa que sofre abuso sexual, apesar de ser a inocente na história, fica se sentindo culpada pelo que aconteceu. Ela só consegue se libertar desse sentimento de culpa, ou seja, dessa culpa que não deveria ser sua, quando começa a sentir raiva. É a raiva que a liberta. Por isso se diz que existe raiva e raiva. Uma pode ser perigosa quando se instala no coração; outra, pode libertar.
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E JÁ QUE FALEI EM "AUTO-AJUDAs"...
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Uma das melhores afirmações que já li até hoje foi feita pelo escritor Affonso Romano de Sant'Ana em uma de suas crônicas semanais para o jornal ### (O GLOBO ou JORNAL DO BRASIL? Um dos dois...Faz tempo que não leio nem um nem outro. Para comprar, prefiro o jornal da Minha Aldeia; diz só o que preciso saber, e de forma resumida). Ele falava que a boa literatura era um tipo de auto-ajuda, mas mais especificamente uma "alta-ajuda". E é verdade verdadeiríssima. Nem vou me delongar citando exemplos de como a boa literatura pode ser uma grande ajuda para o indivíduo (**). Quem lê, sabe.
Mas acontece que há livros da chamada prateleira de "auto-ajuda" que também são de alta-ajuda. Quero dizer, uns estão nessas prateleiras porque os funcionários da livraria não leram o livro, e, pela capa, acharam que era dessa categoria. Outros, alguns poucos, são da "auto-ajuda", são de "auto-ajuda", mas são bons. Sobre os primeiros, cito dois e falo deles em outro post: ¿Quién eres? De la personalidad a la autoestima, do psiquiatra espanhol Enrique Rojas e Anam Cara, do filósofo irlandês John O'Donohue que, soube com pesar, faleceu em janeiro deste ano. Sobre a segunda classificação, os que realmente são de auto-ajuda, cito todos os que tratam de florais, de métodos de respiração, alguns sobre dicas de saúde, o do Nuno Cobra e o que já foi recomendado: Você pode curar sua vida, da americana Louise Hay.
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(**) Ontem, vi uma senhora fazer o desenho de um pássaro para uma amiga. Cada asa, segundo ela, representava um desenvolvimento que a pessoa deveria ter na vida para "crescer" (***): uma asa era para o desenvolvimento moral; outra, para o desenvolvimento intelectual. Ela completou a explicação dizendo que uma asa não poderia estar maior que a outra, pois o pássaro não conseguiria voar. Ambas precisariam crescer juntas.
Quando ouvi isso, me lembrei de uma frase que um senhor muito querido me enviou uma vez: A aprendizagem nunca atinge um ponto terminal. Enquanto alguém permanece vivo e com saúde pode e deve continuar a aprender. O corpo não continua a crescer depois dos primeiros dezoito ou vinte anos de vida. De fato, ele começa a declinar depois disso. Porém, o crescimento mental, moral e espiritual pode continuar e deve continuar a vida inteira" (Eu grifei, e a reflexão é de MORTIMER J. ADLER, no livro: The Paidea Proposal - An Educational Manifesto).
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(***) ela se referia a um crescimento espiritual, pelo que observei. Um sinônimo para isso seria: "evolução".
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MAS, MINHA NOSSA, COMO ESTOU PROLIXA HOJE! PARO POR AQUI. (Estou descontando em vocês o que me aconteceu hoje: estava sentada no ônibus, lendo um livrinho, quando percebi, sem tirar os olhos do meu livro, que a senhora da frente se virou para trás. Não ousei olhar para ela. Ela se virou para frente, mas deus uns 30 segundos e se virou para trás novamente. Continuei com os olhos no livro. Ela então me perguntou se o ônibus passava em tal lugar. No momento em que respondi, pronto! Ela começou a me contar sua vida, por que estava indo a tal lugar etc etc etc. Adeus, livro! Mas, sinceramente, se não a escutasse, ficaria com remorso: poderia ser a minha avó, a minha mãe ou, quem sabe, eu daqui a uns anos...)
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domingo, julho 20, 2008

UMA BOA SEMANA A TODOS!
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O HAVER
(Vinicius de Moraes)

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Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura

Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...
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Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.
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Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
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Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.
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Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.
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Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.
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Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.
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Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.
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Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante
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E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.
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Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.
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Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...
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Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.
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sábado, julho 19, 2008

NOBODY LEAVES THIS PLACE WITHOUT SINGING THE BLUES
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Hoje fiquei contente por ter encontrado no youtube um filme que tínhamos gravado em VHS. Seu nome em português é Uma noite de aventuras, e o título original: Adventures in Babysitting.
Minha cena favorita era a que a babá e as crianças, depois de uma cena tensa em que fugiram dos bandidos, entram em uma casa de shows e são obrigados a cantar um blues. O músico da casa diz: Nobody leaves this place without singing the blues, então a babá e as crianças conseguem improvisar um blues na hora, contando tudo o que lhes havia acontecido até aquele momento.
Vale a pena ver. É bem divertido. E quem quiser ver (ou relembrar) o filme inteiro, é só ir clicando nas indicações "part 1", "part 2", "part 3" e assim por diante.
AQUI.
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sexta-feira, julho 18, 2008

NA QUARTA-FEIRA,
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tinha ido a uma lan-house porque o computador estava com o técnico. Ia começar a escrever um post para o Desanuviando, quando vi a funcionária fechar a porta da loja. Já era tarde. Deixei para postar outro dia... Hoje!
O que eu tinha para dizer é que a poesia da natureza é fascinante. Quando se começa a ler sobre os florais, fica-se encantado. A flor Wild Rose, por exemplo, que minha amiga tirou foto em uma das trilhas que fez nos EUA, mostra tal poesia. Se não, vejamos: a flor, como vocês viram na foto, tem cor forte - rosa e amarelo -, haste bem verde. Mas vocês repararam no solo? Todo pedregoso e seco. O floral Wild Rose é uma flor para combater apatia, preguiça, bom para aqueles que estão "se arrastando" na vida, ou não vêem nada de novo acontecer, "sempre o mesmo marasmo". Pois bem: a flor, toda viçosa, nasce em um solo daqueles. Quase como a "rosa que nasceu no asfalto": não se acomodou, não se abateu; foi nascer firme e forte, mostrando sua vitalidade e esperança mesmo em um solo árido. Percebeu a poesia? (E percebeu, também, as pistas que a própria natureza nos dá?)
Um outro floral, o que considero o mais bonito pelo que ele faz, é o Olive, da flor da Oliveira. Ele é indicado para pessoas que estiveram por um longo tempo cuidando de alguém ou com alguma doença, ou estiveram sob situações fatigantes e estressantes. Ou seja, são aquelas pessoas que tiveram um desgaste contínuo por muito tempo. O tal floral vai justamente restituir a energia que essa pessoa perdeu, vai revitalizá-la. É, segundo o Dr. Bach, "a calma após a tempestade". E qual foi a flor que o pombo trouxe no bico depois do dilúvio? Isso mesmo: a oliveira! Quanto simbolismo, né? Até na Bíblia já havia uma pista de para quê a oliveira serviria.
Os simbolismos não terminam por aí. Tenho conversado com uma terapeuta floral muito querida que se especializou nos florais Saint Germain. Esses florais são mais recentes e usam flores do Brasil. A história de seu descobrimento é mais uma daquelas histórias que nos dão a certeza de que "há mais coisas entre o céu e a terra...", mas não vou me prender a isso agora. Só vou dar mais um exemplo de simbolismo que a natureza nos oferece. Um dos florais que me chamou a atenção é feito da flor da Goiaba. Você já ouviu alguém falar que "Fulano é um goiabão" quando quer dizer que esse Fulano é um medroso, bobo e inseguro? Pois, por ironia, o floral da goiaba é justamente um floral da coragem. Então, da próxima vez que você ouvir alguém ser chamado de "goibão", diga: não! ele precisa de goiaba!
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Pode ser que volte a falar sobre esses assuntos no futuro. Aguardem!
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VOLTO AO O SENHOR DOS ANÉIS
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Quando alguém diz que não gosta d'O Senhor dos Anéis porque é "um livro fantasioso", dou um desconto. Esse alguém talvez seja muito novinho, e o livro do Tolkien não é para os muito novos (*).
Esses dias, foi isto o que sublinhei no livro:
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(...)que a tolice seja nosso disfarce, um véu diante dos olhos do Inimigo! Pois ele é muito sábio, e pondera todas as coisas com exatidão, nas balanças de sua malícia. Mas a única medida que conhece é o desejo, desejo de poder; e assim julga que são todos os corações.
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Se isso é fantasioso, Meu Deus!, eu não me chamo Rebeca.
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(*) novos, independente da idade.
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P.s.: a boa literatura também nos revela tantos simbolismos da vida...
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CHÁ COM JANE AUSTEN:
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Contando comigo, já somos 13 participantes! Ficaremos no número da sorte ou mais alguém vai entrar?
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segunda-feira, julho 14, 2008

MAIS UMA PAISAGEM DIGNA DE SER CONTEMPLADA
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Photobucket
(foto do Long Lake, EUA, tirada pela minha melhor amiga)
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E aqui, foto da flor Wild Rose. Para quem conhece os florais de Bach, Wild Rose é um dos florais. Fui receitar esse floral para um amigo dessa minha amiga, e ela disse: EU JÁ VI ESSA FLOR NAS TRILHAS! ATÉ TIREI FOTO!
Imagina passar ao lado de uma flor com poder curativo! Que emoção!
Photobucket
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domingo, julho 06, 2008

CHÁ COM JANE AUSTEN (VIRTUAL)- CONVITE
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Queridos,
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Jane Austen nunca saiu de moda, mas nunca esteve tão na moda como agora. Há pouco, filmaram ORGULHO E PRECONCEITO para o cinema. Em breve, virá o filme BECOMING JANE, uma breve biografia dessa que foi a maior romancista da Literatura Universal (com total parcialidade, reconheço!). E hoje, assisti ao CLUBE DE LEITURA DA JANE AUSTEN. A princípio, por umas cenas e umas falas dos personagens, cheguei a pensar que seria um filme bobo, mas quando terminou, vi o quão bem-intencionado ele foi. E pensei com os meus botões: "Como não havia pensado nisso antes?"
Explico-me: a história tem 5 mulheres e 1 homem que, a cada mês, lêem um livro dos seis que a Jane Austen publicou em vida, e se encontram para discutir o tal livro. O grande lance do filme é que ele vai mostrando um pouco da vida de cada um dos personagens, e como suas vidas vão se modificando - para melhor - na medida em que vão lendo a bibliografia da (digníssima) escritora.
Isso me fez pensar no quanto eu sempre gostei de conversar sobre a Jane Austen com pessoas que também gostam dos seus livros e como eu me sinto bem quando os leio.
Resultado: estou criando um novo "clube de leitura da Jane Austen", que se chamará: CHÁ COM JANE AUSTEN, e cujos encontros serão virtuais.
A partir de hoje, os amigos da minha lista de emails estarão recebendo um convite para participar desse grupo.
Em vez de um livro por mês, será um livro a cada dois meses, a começar em agosto.
A ordem dos livros será a mesma do filme. Assim:
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- EMMA (agosto/08 e setembro/08)
- MANSFIELD PARK (outubro/08 e novembro/08)
- NORTHANGER ABBEY (dezembro/08 e janeiro/09)
- ORGULHO E PRECONCEITO (fevereiro/09 e março/09)
- RAZÃO E SENSIBILIDADE (abril/09 e maio/09)
- PERSUASÃO (junho/09 e julho/09)
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Para quem já conhece a Jane Austen, sabe que será um ano delicioso. E o melhor: será a oportunidade de conversar com pessoas que também compartilham essa admiração pela escritora inglesa.
Para os leitores do Desanuviando que não estão na minha lista de emails, mas que querem participar do grupo, enviem um email para:
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rebecamiscow@gmail.com ou
chacomjaneausten@googlegroups.com
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A intenção é que, durante esses meses, possamos conversar sobre a Jane Austen, sobre seus livros e a emoção de os ler, seus personagens, os trechos favoritos, a espera pelo filme BECOMING JANE etc. Algo bem descontraído, como se estivéssemos na casa de um amigo para tomar um chá e conversar.
Sintam-se à vontade!
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E anuncio no Desanuviando que a minha convidada de honra será:
MINHA AVÓ!
Foi ela a responsável por fazer minha mãe e minhas tias gostarem de Jane Austen e, conseqüentemente, as netas. (E espero que logo os netos também porque Jane Austen não é só para "mulherzinha", como os que nunca a leram pensam. Vejam o que C.S. Lewis, autor de AS CRÔNICAS DE NÁRNIA escreveu em seu artigo TRÊS MANEIRAS DE ESCREVER PARA CRIANÇAS:
"Hoje em dia, já não gosto somente de contos de fadas, mas também de Tolstói, Jane Austen e Trollope, e chamo isso de crescimento". (grifos meus) )
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quarta-feira, julho 02, 2008

FOFÍSSIMO!
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Estive pensando: se eu fosse a uma vidente, perguntaria isto:
- Vou ter um cachorrinho no futuro?
Nuca tivemos animal de estimação. Sempre morando em apartamento e com pouco tempo para cuidar, seria maldade ter um bicho preso. Mas já me apaixonei por uns cachorrinhos.
O primeiro deles foi um filhote de cocker spaniel, cor de caramelo. Eu estava na feira, sentada em um banco enquanto os meus pais faziam compras, olhando distraída para não lembro onde, quando o tal filhotinho de cocker pulou no meu colo e se deitou. Me apaixonei na hora. A dona ainda disse:
- Sai, sai, seu danado. Já vai se acomodando nos outros.
Mas eu bem que gostaria de ficar com ele...
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O segundo também foi um cocker caramelo- deve ser por isso que amo essa raça...-. Eu estava indo para o colégio de manhã (de madrugada, para ser mais exata!), já meio atrasada por culpa do maldito despertador que não sabe me acordar direito, quando, na minha direção, eu o vi! Olhei para ele e perdi os olhos naqueles olhos caramelos, da mesma cor que o pêlo. Ouvi uma música de fundo: Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar...Foi amor à primeira vista. Ficamos alguns segundos assim. Eu não falei nada; ele não latiu nada. Nos dias seguintes, no mesmo horário, e agradecendo ao meu despertador por me acordar mais tarde, o vi novamente. Foi assim durante vários meses. Depois me mudei e nunca mais o vi. Mas lembro até hoje aqueles olhos, aquele pêlo cor de caramelo e aquele silêncio cheio de revelações que compartilhamos tantas vezes.
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O terceiro por que me apaixonei não foi um cocker, mas duvido que você também não vá se apaixonar. Entre aqui. Depois me conta se não foi amor à primeira vista.
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terça-feira, julho 01, 2008

A GENTE SABE...
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Um dia desses, ouvi uma promotora trabalhando. Para cada pessoa (ou, como diria um repórter policial da Minha Aldeia ao se referir a um infrator: para cada "elemento") que entrou em sua sala, ela perguntou:
- Você sabe que o que você fez é errado?
Curiosamente, todos responderam que sim. E isso só veio a confirmar o que já desconfiava: todos sabem o que é certo e o que é errado. Alguns podem é não ter forças para seguir o certo, ou porque nunca foram incentivados, ou porque lhes falta índole, ou por malandragem mesmo. Mas nada que não possa ser corrigido com o amadurecimento e "com a graça do bom Deus", como dizem as pessoas de bem.
Uns bobos podem teorizar que não existe certo e errado, mas se a gente não tiver M... (*) na cabeça, vai enxergar que existe, sim, o certo e o errado. Pelas conseqüências que um e outro trarão, pelos frutos - os bons e os ruins. É assim que a gente os percebe. É só enxergar. Não é tão difícil.
A gente sabe que é errado usar drogas, que é errado dirigir bêbado, que é errado ser injusto e magoar injustamente, que é errado ser ingrato, se destruir e destruir o outro, trair, cobiçar homem e mulher alheios, abandonar filhos ou se abster de os educar (que não deixa de ser um abandono), ser maledicente, se promiscuir, invejar, inventar coisas para prejudicar alguém, não assumir os erros, não perdoar e não se arrepender, como também mentir, matar, roubar, se omitir, etc etc (**). Pode até vir uma lei e dizer que tudo isso que nós sabemos que é errado é "certo", mas com isso estaremos tentando nos enganar, estaremos nos sufocando, pois, no fundo, sempre saberemos o que é certo e o que é errado. A gente sabe. A gente sempre sabe.
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(*) M. de minhoca. Incrível como tem gente com minhoca boiando na cabeça. O pior é que de vez em quando essas minhocas começam a feder; daí não há quem agüente.
(**) Acrescentaria ainda: ver Faustão, votar no Lula...
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