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domingo, janeiro 27, 2008

Continuo no "JÁ VOLTO", mas tenho que registrar isto (anotações do guardanapo!!):
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O mar, revolto, estava com várias bandeirolas vermelhas espalhadas pela orla. O salva-vidas corria de um lado para o outro, apitando para quem se afastava da bandeira.
Havia um pessoal que estava se adentrando muuuito pelo mar. O salva-vidas teve que apitar duas vezes para eles. Na terceira vez, duas garotas saíram do mar completamente indignadas com o pito do salva-vidas. Uma delas gesticulava bastante enquanto vociferava:
- Que absurdo! Ele pensa que a gente é bebê! A gente já tem 9 anos!!!
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NÃO PÁRA POR AÍ...
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O irmão da tal garota que esbravejava devia ter, no máximo, 10 anos. Ele estava com uma prancha de surfe, e seu cabelo era loiro-parafinado. Quando o salva-vidas apitava, ele vinha rapidamente para a areia e fazia cara de obediente. Assim que o salva-vidas virava de costas, ele corria para o mar com a sua prancha. E logo voltava o salva-vidas com o seu apito insistente...
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Salve, salve o salva-vidas!!!
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quarta-feira, janeiro 23, 2008

CARTAS DE UM COMBATENTE (*)
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"Que legal" foi minha primeira expressão ao ler uma notícia no caderno de Informática do Diário Catarinense. A notícia é de hoje. Confira:
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Milhares de pessoas vêm acompanhando o destino de um soldado britânico que combateu nas trincheiras da 1a. Guerra Mundial, lendo um blog, exatamente 90 anos mais tarde, as cartas que ele escreveu para sua família. Como fez a família de William Henry Bonser ("Harry") Lamin quase um século atrás, o leitor moderno que visita o site http://www.wwar1.blogspot.com/ não sabe quando a próxima carta vai chegar, nem se a carta que está lendo será de fato sua derradeira.
Muitos já preparam seus espíritos para ler o temido telegrama do exército notificando os familiares da morte de um soldado. Muitas pessoas vêm dizendo que torcem por Harry, comentou Bill Lamin, 59 anos, o professor de informática, que encontrou as cartas de seu avô quando era menino e decidiu convertê-las num blog. Elas ficam fascinadas, como se tudo estivesse acontecendo hoje.
As missivas mais recentes de Harry, que serviu no Regimento de Yorkshire e Lancashire, foram escritas em 30 de dezembro de 1917 (...)
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Enquanto não envio notícias do meu front diário (como se férias fossem uma batalha...), acompanhem o blog do soldado Harry.
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(Eu tinha falado de uma reflexão pós-combate; agora vejam as reflexões durante um combate e constatem se viver como se pós-combate não é muito melhor.).
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quinta-feira, janeiro 17, 2008

JÁ VOLTO
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segunda-feira, janeiro 07, 2008

RÁPIDA REFLEXÃO PÓS-COMBATE - ou: os ensinamentos que tiro dos mais velhos
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Há uma coincidência nos relatos de muitos ex-combatentes de guerras (qualquer uma delas). Todos dizem ter descoberto o que realmente importa na vida: ser bom para o próximo, ter um canto sossegado, viver em paz todos os dias do ano, valorizar as pequenas coisas...
Isso sempre me chama a atenção, pois me indago se é preciso passar por uma guerra ou ir ao fundo do poço para se chegar a essas conclusões. (E isso também me faz pensar em um ensinamento bem simples, bem direto, mas muito sábio: você não precisa ser atropelado para aprender que se deve olhar para os dois lados da rua antes de atravessá-la.)
Pode parecer dramático, mas às vezes penso, me lembrando desses relatos: não vou esperar (nem tenho que esperar) por uma guerra para descobrir o que realmente importa. Muitas vezes, é observando os erros e acertos dos outros que colhemos alguma pérola para a nossa vida. (E observando o passado, claro, que se não trouxer boas lembranças, ao menos pode trazer algum ensinamento.)
E como fruto dessa rápida observação "pós-combate", me lembro de uns versos que gosto de ter como norte para a minha vida. O que é e o que será a minha vida? Grandes façanhas, grandes espetáculos, o living la vida loca, nada disso enche muito os meus olhos. Prefiro mais aquilo que os combatentes buscaram depois das guerras: o bem, o sossego, a paz, as pequenas coisas. Quero que minha vida seja parecida com o que o poeta espanhol Jorge Guillén cantou nestes versos, trocando apenas a areia dura por uma areia macia e acrescentando uma água de coco diária:
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Mi vida es este mar, estas montañas,
La arena dura junta al oleaje,
Mi amor y mi labor,
Hijos, amigos, libros,
El afán que comparto a cada hora
Con el otro, lo otro, compañía
Gozosa y dolorosa.
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Só isso, para mim, já tem muito do que realmente importa.
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sexta-feira, janeiro 04, 2008

UM TEMPO SEM ESCREVER
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Sempre que penso em ficar um longo tempo sem escrever, percebo que esse "longo tempo" só dura até o próximo post, que surge quando eu menos espero.
Pois bem, não ia escrever nada até um futuro-distante-post, mas tive que vir aqui para sugerir este primor de filme que é Miss Potter.
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Com a atriz que, segundo o ator Hugh Grant, é a que melhor fala o inglês britânico - tão bem quanto a rainha da Inglaterra! -, a americana Renée Zellweger, o filme conta a história da escritora de contos infantis Beatrix Potter.
Eu não sabia nada sobre ela, mas seus desenhos são bem familiares. Acho que muitos leitores também já os devem ter visto. Sobre sua vida, mostra a coragem de publicar os livros que escreveu e ilustrou, de se manter alheia às convenções da época, de ser tão feliz em fazer o que o seu dom pedia. Parece ter sido muito digna (no sentindo de seguir com determinação o caminho que deveria seguir, seguir o que acreditava). Também amava a sua terra e comprou várias fazendas para evitar que fossem compradas por empreendedoras que destruiriam a beleza daqueles campos. (*) (Mais tarde, doou essas terras para a National Trust).
O filme ainda tem a suavidade de muitos filmes ingleses, a fotografia perfeita - primorosa como os desenhos da Miss Potter - e, ao final, uma música cantada pela voz doce de Katie Melua - que já mencionei aqui no blog.
Sugiro o filme, de pé, mas sem muito barulho, pois não combina com a suavidade dele. Cinco estrelinhas. E a definição de primor, segundo o Aurélio: Delicadeza, beleza, encanto, adjetivos que resumem bem esse filme.
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Duas bigrafias da autora Beatrix Potter: uma em português; outra, mais completa, em inglês.
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(*) Um amigo meu disse, e concordo com ele: quando vemos uma casinha bem antiga sendo destruída, para dar lugar a um prédio gigante e ganancioso, dá vontade de ter dinheiro de sobra só para comprar esses "alvos" e não deixar que ninguém os destrua. Como disse um pintor da Minha Aldeia, o progresso não deveria acabar com a nossa identidade. Acrescento mais: o progresso não deveria exterminar a Beleza que nossos olhos contemplam.
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quarta-feira, janeiro 02, 2008

FELIZ 2008
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8 é o meu número da sorte - mas nem lembrava mais. Quem fez o favor de me recordar foi a minha avó. E, pelo que ela ouviu falar, é um número cheio de mistérios e surpresas positivas. Por essa razão, 2008 será muuuito bom. Amém!
Mas confesso: tenho andado fajuta para me devotar a um único número. Número mesmo, só quantos pores-do-sol guardo dos 365 dias por ano. Quantas sabedorias populares (*) esclarecem um episódio. Quantas palavras mágicas transfiguram o meu coração. Quantas-vezes-de-perder-a-conta (assim espero!) posso ir à praia e contemplar o mar. Quantos dias faltam para eu conhecer a landscape.
São esses números que me têm feito esquecer do único 8. Todos eles ultrapassam o simples 8. Mas que em 2008, eu continue a colecionar os pores-do-sol, as sabedorias populares, as palavras mágicas etc. (Quanto à landscape dos sonhos, que se faça uma contagem regressiva. Começando agora! Já!) (**)
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(*) A última sabedoria popular que resumiu bem a indignação diante de um episódio foi: Há dois sinais de loucura: comer bosta e rasgar dinheiro.
E o episódio foi o seguinte: entrevistaram um turista, em um determinado point da cidade, e ele disse que naquele lugar só ia gente de alto nível. Virando-se para a câmera da TV, ele ainda se manifestou:
- Olha o que a gente faz com as notas de 20 reais. - e, rindo, rasgou a nota.
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(**) Usando a tática da lei da atração. E no blog mesmo, que é para ficar mais visível.
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Acabo de receber por email de uma amiga (ai, essas coincidências da vida...):
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Número 8 - SABEDORIA:
Paciência, equilíbrio e intuição representam este número. Repleto de mistério para aqueles que o cercam. Seu lema é a busca da verdade: estuda, analisa e quer provar fatos desconhecidos. Aprecia a leitura e conhecimentos gerais. Seus amigos são poucos, mas criteriosamente escolhidos.
Cuidado com as vibrações negativas de melancolia, reserva, distanciamento e preguiça.
(Monica Buonfiglio)
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Uma outra amiga enviou esta foto:
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Ela contou que, no último dia de 2007, choveu muito, mas, no final da tarde (no pôr-do-sol...), o céu desanuviou, uma ave veio até o poste, virou-se para o sol e ficou ali, contemplando. Então anoiteceu, houve fogos de artifícios e um novo dia surgiu, com todas as promessas que só ele traz.
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E como devo me ausentar por uns dias - férias estão sempre a nos demandar... - fiquem com isto:
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(...)
- Mas isso é terrível - gritou Frodo. - Muito pior do que o pior que eu havia imaginado a partir de suas insinuações e advertências. Ó Gandalf, meu melhor amigo, que devo fazer? Pois agora estou realmente com medo. Que devo fazer? É uma pena que Bilbo não tenha apunhalado aquela criatura vil, quando teve a chance!
- Pena? Foi justamente Pena que ele teve. Pena e Misericórdia: não atacar sem necessidade. E foi bem recompensado, Frodo. (...)
- Sinto muito - disse Frodo. - Mas estou com medo; e não sinto nenhuma pena de Gollum.
- Você não o viu - Gandalf interrompeu.
- Não vi e não quero ver - disse Frodo. Não consigo entender você. Quer dizer que você e os elfos deixaram-no viver depois de todas as coisas horríveis que fez? Agora, de qualquer modo, ele é tão mau quanto um orc, e um inimigo. Merece a morte.
- Merece! Ouso dizer que sim. Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte. Pois mesmo os muito sábios não conseguem ver os dois lados. Não tenho muita esperança de que Gollum possa se curar antes de morrer, mas existe uma chance.
(...)
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