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quarta-feira, março 31, 2004

(Mensagem misteriosa para os leitores, mas não) PARA O SANDERSON:

Amigo, você já está na oitava?!? É ver pra crer...

(Sim, meu amigo, as notícias correm rápido!)

terça-feira, março 30, 2004

PEDRAS

“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.”

(Carlos Drummond de Andrade)

sinto na sola dos pés
que as pedras estão mais vivas,
que as piso como descalço,
sinto as arestas e a fibra

(João Cabral de Melo Neto)

De vez em quando Deus me tira a poesia.
Olho pedra, vejo pedra mesmo
.”
(Adélia Prado)

Hoje não direi nada, como há alguns dias não digo. Sento-me em uma cadeira e mergulho meus pés em água morna para mitigar o cansaço. A viagem começou. Viramundinho me acompanha. Os primeiros quilômetros foram cansativos; muitas pedras no caminho – pedras pequeninas, que incomodam mais. Mas amanhã há de haver menos pedras. Assim esperamos, Viramundinho e eu. Hoje, repito, não direi nada – ou nada mais...Hoje escuto poetas, que não atiram pedras.
Pedras, pedras, pedras...como é boa a água morna para os pés.

domingo, março 28, 2004

Gosto de pensar no Machado de Assis recostando sua pena sobre a mesa e levantando-se para caminhar pelas ruas do Rio, como um simples andarilho...

"É meu costume, quando não tenho que fazer em casa, ir por esse mundo de Cristo, se assim se pode chamar à cidade de São Sebastião, matar o tempo. Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se mete por bairros excêntricos; um homem, uma tabuleta, qualquer coisa basta a entreter o espirito, e a gente volta para casa "lesta e aguda", como se dizia em não sei que comédia antiga".
(Machado de Assis)

terça-feira, março 23, 2004

Hoje é aniversário de Florianópolis. Queria colar a figura de um bolo com vela, mas o programa responsável pelas figuras foi-se junto com o vírus. Enquanto providencio outro, ofereço estas flores (que estavam guardadas em um "esconderijo") à linda cidade catarinense!


domingo, março 21, 2004

MAIS UM POUCO DE CINEMA

No filme MESTRE DOS MARES, a cena em que o comandante Jack Aubrey e o médico Stephen Maturin tocam juntos violino e violoncelo é belíssima, seja pela música, como pelo simbolismo: os dois, personalidades diferentes, em um momento de harmonia, de complemento (vide a cena em que “Lucky Jack” está tocando o seu violino, mas, ao olhar para o violoncelo encostado na cadeira, resolve ajudar o médico para que volte a ser seu parceiro).

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Falando em VIOLINO e VIOLONCELO, encontrei um livro chamado CONHEÇA A ORQUESTRA, de Ann Hayes, em que fala um pouco dos instrumentos musicais. É um livrinho simples, feito para crianças, mas dá uma noção poética sobre os componentes da orquestra. Eis o que fala desses dois instrumentos:

VIOLINO

“(...)
De todos os instrumentos de cordas, o violino é o menor. O seu som pode ser claro como uma risada, leve como o ar, suave como um murmúrio ou triste como uma lágrima.”

VIOLONCELO

“(...)
O violoncelo, que tem também o apelido de cello, possui um som rico e melodioso, que fala de sentimentos profundos como a alegria e a tristeza. Ele tanto pode fazer você pensar na cor púrpura como na beleza tranqüila de um cisne a deslizar sobre as águas.”

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Bom domingo para todos!

sábado, março 20, 2004

UMA RESSALVA

Um amigo me perguntou porque não gostei do filme ENCANTADORA DE BALEIAS. Já lhe respondi por email, escrevendo, dentre as razões, o fato de que a única cena risível (em que duas pessoas dentro da sala do cinema riram) é a de um personagem fazendo careta, com a língua, para a câmera (...).

O problema maior não é ser uma melação. Há filmes melosos que são bons, mas esse é muuuito chato. Talvez o que diferencie um bom de um ruim, seja o tipo de “melado”. É mais ou menos como se o “melado” do filme passasse para a nossa cadeira. O bom “melado” consegue prender o nosso traseiro no assento, nos grudar até o fim. Às vezes vem até com batata doce para acompanhar! Já o “melado” ruim vem para o nosso assento, mas atrai um monte de formigas que ficam nos pinicando o filme inteiro. No ENCANTADORA DE BALEIAS, por exemplo, tive que me controlar para não dar um pulo da cadeira e sair correndo.

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PROPRIEDADES DA ÁGUA DE COCO

Passando pelo centro da cidade, parei para tomar uma água de coco e minha atenção foi atraída por um cartaz em que estava escrito:

“ÁGUA DE COCO É VERMICIDA”

Já tinha lido sobre essa propriedade do elixir da vida (sim, me refiro à água de coco!), mas nunca a vira em destaque.

No entanto, ao receber o coco do vendedor, percebi quais o objetivo e o efeito do cartaz: as unhas dele estavam completamente sujas...Mas tomei o coco assim mesmo.

sexta-feira, março 19, 2004

UM POUCO DE FILMES

Dizem que se as novelas mexicanas descobrissem o exame de DNA e o telefone celular perderiam a razão de existir porque todos os conflitos seriam prontamente solucionados. O patrão e a empregada não seriam separados por desconfianças e intrigas, pois nenhuma mulher diria ter um filho dele (a empregada diria: "ah é?, então vamos fazer o exame de DNA!) e no dia do casamento entre o patrão e a empregada, quando a ex-noiva dele a impedisse de chegar à igreja, a Cinderela mexicana pegaria o celular e avisaria o noivo (“amor, vou me atrasar, pois sua ex-noiva-malévola-e-louca me prendeu num cativeiro que mais parece um cenário).

Alguns filmes também têm conflitos que seriam facilmente solucionados com coisas simples. ENCANTADORA DE BALEIAS, por exemplo: um bom psicólogo acabaria com aquela melação toda e o filme seria muito melhor, pois não existiria.

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PAIXÃO DE CRISTO

A despeito de toda a polêmica em torno desse filme, não serei mais uma a discutir sobre o assunto. Apenas digo que ainda não o vi, mas, pelo que me contaram, o Mel Gibson não aparece - ele apenas o dirige e o “marqueteia”. E não poder ver seus olhos azuis é ultrajante!

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NIGHT SHYAMALAN

Night Shyamalan é menos conhecido por seu nome estranho que por seus filmes. Um exemplo: ele é o diretor de O SEXTO SENTIDO. (Oh, eu não sabia!)

Só por esse filme ele já poderia ser considerado um ótimo diretor, mas ele fez mais. Outro exemplo: SINAIS. (Nossa, o cara é bom!)

Ele também fez CORPO FECHADO (que ainda não vi), co-escreveu o roteiro de STUART LITTLE e está preparando um filme para o final do ano, chamado THE VILLAGE, que será uma mistura de terror com romance.

Mas é uma pena que o seu filme mais bonito, OLHOS ABERTOS, nem tenha chegado às nossas salas de cinema e raramente passe na tv a cabo. Ele recorre aos temas favoritos de Shyamalan – fé e espiritualidade -, acrescido de uma pureza, bem representada no protagonista do filme: um garoto de doze anos que decide procurar Deus para encontrar seu avô que falecera. Além disso, como em O SEXTO SENTIDO, há uma surpresa (e, por ser surpresa, não digo mais nada...).

Quem gostou de O SEXTO SENTIDO e SINAIS, provavelmente gostará de OLHOS ABERTOS. Quem não gostou dos dois primeiros, poderá gostar do terceiro. (Quem não gostar de nenhum dos três, ok!, gosto é gosto...). De qualquer modo, associando esses três filmes ao mesmo diretor, possivelmente o nome NIGHT SHYAMALAN deixará de passar desapercebido.

quinta-feira, março 18, 2004

Sim, também estou com saudades. É esse ritmo de vida nada baiano que me impedi de ser mais assídua com o blog. Um dos meus alentos diários costuma ser a imagem do fusquinha azul passando quando estou dentro do ônibus, rumo à universidade (hum, “rumo à universidade” está parecendo slogan político...Abstraiam!). Para os meus novos leitores, a imagem do fusca azul, dirigido por um velhinho, me traz grande sabedoria, sobre como não vale a pena correr. Maiores detalhes, vejam o post do dia 7 de outubro de 2003.

Hoje, por exemplo, tive que pegar um ônibus de manhã cedo e, graças ao carrinho azul, não perdi a condução. Vejam o porquê: ao descer, 5 minutos atrasada, pela minha ladeira, avistei uma fila de carros. O ônibus que deveria pegar estava justamente parado, como se me esperasse. Ao entrar e passar pela roleta, ouvi o motorista comentar com o cobrador “É um velho tranca-rua que está na frente”. Foi só ele falar isso e eu vi pela janela: o famoso fusca azul estava tentando fazer um cruzamento, passando para outra rua e, para isso, cauteloso que é esse velhinho, esperou até o outro lado ficar livre de carros. É bem verdade que encontrar aquela rua livre é quase como esperar que as ondas do mar desapareçam. Mas não me impacientei em estar parada no ônibus. Pelo contrário: alcancei-o a tempo com a ajuda do fusquinha azul. (Ainda tenho que lhe agradecer!)

domingo, março 14, 2004

Fê, aí vai "flashes"!

FLASHES DE UM EPISÓDIO

Cena Medieval. Castelo no alto. Povoado ao redor. Rei no centro.
Plebe em volta. Alvoroçada.
Reclamando. Impostos altos. Pobreza.
Exigindo. Comida. Descanso.
Implorando. Atenção.
Esperando. Robin Hood.
Floresta próxima. Um cavalo. Malhado.
Cavaleiro montado. Sem espada. Sem princesa. Sem encanto.
Depara-se com o tumulto. Ouve com atenção. Interessa-se.
Cavalo relincha. Silêncio geral. Foco no cavaleiro.
Dúvida. Coragem. Ato. Fala. “Queremos quimeras”. Uivos.
Aplausos. Rei deposto. Cavaleiro no centro. Cavaleiro no alto.
Cavaleiro: novo rei.

sábado, março 13, 2004

E tudo porque se esquece do OUTRO.

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A começar pelo mais PRÓXIMO.


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Deve-se evitar movimentos bruscos em momentos delicados, mas que raios e trovões caiam sobre o vírus que entrou no meu computador.

segunda-feira, março 01, 2004



- Você acha que eu tenho lido demais?


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Estavam inaugurando uma confeitaria naquela esquina.

A senhora, lambendo os beiços ao passar pela vitrine, lamentou para a garçonete:

- Poxa, não tem nada diet...

E o consolo:

- Tem, sim! A gotinha de adoçante que a senhora colocará no café!

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